Aula 2: O pecado e a salvação

Graça e paz. Nesta aula de número 2, do nosso curso de Discipulado Cristão, iremos estudar sobre o pecado e a salvação. Que o Espírito Santo trabalhe em teu coração, e te conceda graça e conhecimento em nome de Jesus.

Ao observarmos o cosmo pela primeira vez, nos parece que é um caos, com cometas passando de lá para cá, sem sabermos de onde eles vêm e para onde vão. Além das famosas e belíssimas estrelas errantes cortando a imensidão todas as noites. Porém, à medida que vamos observando, vemos que os corpos celestes seguem um padrão, o que os tornam previsíveis. O que dá este padrão são as leis da física. E podemos observar que existem leis que regem a natureza em todas as suas camadas. Então, logo a pergunta que surge em nosso pensamento é: Quem, ou o quê, criou essas leis? O homem tem buscado por essa resposta há séculos, através da filosofia e da ciência. Tentando respondê-la, e sem obter a resposta por si mesma, a filosofia produziu os seus mitos, e a ciência ainda busca a resposta. Porém a resposta está aí, diante dos olhos de todos os homens e em qualquer lugar. A natureza revela a assinatura do seu criador.

A Bíblia Sagrada é o livro que trás respostas as indagações humanas. A Bíblia é bem clara quando afirma: “No princípio, criou Deus os céus e a terra”. Isso está escrito em Gênesis 1:1. Sendo assim, fica muito evidente quem criou as leis que regem o cosmo. Porém a incredulidade produz cegueira espiritual. Mas, embora cego, o homem tateando pode encontrar a resposta, pois o criador se revela através da natureza, no DNA, na biologia, na física, na matemática e etc. Veja o que diz as Escrituras Sagradas no livro de Atos 17:24-28: “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens. Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas; e de um só fez toda a geração dos homens para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação, para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tateando, o pudessem achar, ainda que não está longe de cada um de nós; porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos”.

Jesus quando veio a este mundo, quis nos contar muito mais sobre o reino dos céus. Mas a incredulidade impediu que tais segredos fossem revelados em abundância. Em João 3:12-13, Jesus indagou: “Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis se vos falar das celestiais? Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu”.

Nas dimensões criadas por Deus, seja no cosmo, ou fora dele, Deus criou leis e normas de conduta para as criaturas que vivem nessas dimensões. Essas normas também conhecidas como leis morais, regem o comportamento de toda a criação.

Preste muita atenção no que vou te dizer agora, para uma perfeita compreensão. Está claro, que Deus ao criar leis que definem o que é o certo, criou o conceito do que é o errado. Sendo assim, ao criar o bem, surgiu o mal. Baseando-se nisso, alguns teólogos afirmam que Deus criou o mal, porém, que fique claro, ele jamais, praticou, o mal. Deus odeia o erro! Deus não erra. Deus é perfeito. Logo, infringir as leis de Deus é pecado.

Então, o pecado é a falta de conformidade com a lei de Deus, em estado, disposição ou conduta. O pecado atinge toda a humanidade desde Adão. Em Romanos 3:23, está escrito: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. Continuando em Romanos e indo ao capítulo 5:12, lemos: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram”. A recompensa pelo pecado é a morte física, apenas física, pois o espírito do homem é imortal. E no fim da vida, quando o olho humano se fechar nesta terra, ele se abrirá na eternidade. Toda vez que vamos ao velório de qualquer pessoa, através do sentimento de dor naquele ambiente, é que podemos perceber quão grave é o pecado diante de Deus. Lá, podemos sentir o peso da nossa transgressão!

A Bíblia usa vários termos para indicar o que é pecado, tais como, desobediência, engano, injustiça, depravação e etc. O pecado também traz como recompensa, além da morte física, a morte espiritual. Quando a Bíblia fala de morte espiritual, ela se refere a uma vida eterna longe de Deus, e não ao fim da existência. A vida humana jamais será aniquilada. Há um lugar preparado por Deus para os que perecem sem a salvação da alma. Te pergunto: Estás preparado para viver a eternidade? Saiba que da morte espiritual e eterna escapam aqueles que se chegam humildemente a Cristo Jesus, e o recebem como o seu Salvador. O apóstolo Paulo escreveu em Romanos 6:23, o seguinte: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor”.

A palavra pecado tem origem no vocábulo grego, “amartía”, que significa, “errar o alvo”. O objetivo da humanidade é o mesmo dos seres angelicais: obedecer e glorificar o seu Criador. A vida só tem sentido, quando se vive de acordo com a vontade de Deus. Paulo escreve aos Romanos 12:2, assim: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Você sabe onde e quando, o pecado foi praticado pela primeira vez?

Acredite, o pecado teve a sua origem no céu. Todos os seres celestiais foram criados pela poderosa mão de Deus, sejam eles, anjos, arcanjos, querubins, serafins e etc. O livro do profeta Ezequiel 28:11-16, fala-nos sobre algo que aconteceu antes da criação da terra. A história é a seguinte: Havia um querubim formoso, forte, chamado Lúcifer, que comandava os anjos no céu e servia o Altíssimo. Um dia o orgulho surgiu em seu coração, e desejou ser semelhante ao Criador, e em seu desejo de poder, fez a seguinte declaração relatada no livro do profeta Isaías 14:14: “Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo”. A fim de executar este plano, ele conseguiu convencer uma terça parte dos anjos para estarem ao seu lado nesse objetivo. Algumas pessoas se perguntam: como os anjos puderam mudar de lado tão fácil? A resposta é bem simples: Até então eles não conheciam a mentira. É por isso que Lúcifer é conhecido como o Pai da mentira. As pessoas também se perguntam: por que ele é o pai da mentira e não de outro pecado qualquer, tais como, o adultério ou a corrupção? A resposta também é simples: a mentira esconde todos os outros pecados. Lúcifer, uma criatura querendo se tornar semelhante ao seu Criador. Observe que ele não quis ser maior do que Deus, apenas semelhante. A sua pretensão fez com que Deus o expulsasse do céu, sendo jogado na terra com todos os anjos rebeldes. Acompanhe esse texto que está em Isaías 14:12-15: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo”. Caro amigo, observe bem onde e quando aparece a palavra inferno. A criação do inferno foi uma consequência da rebelião angelical. Deus não criou o inferno para os seres humanos, mas para Lúcifer e seus anjos rebeldes.

Uma vez resolvida à questão da rebelião no céu, Deus volta a fazer o que ele ama: Criar. Então ele refaz a terra, cria o homem do pó da terra, sopra nele o fôlego de vida e o coloca no Jardim do Éden. E é tudo muito bom! O homem era a coroa da criação, uma obra prima. O homem é um ser racional, dotado de inteligência e capacidade criativa. Deus sempre quis que a sua criação o amasse. Porém o verdadeiro amor não pode ser forçado, tem que ser ofertado. Por isso, Deus deu ao homem o livre arbítrio, que é a capacidade de escolher entre o certo e o errado. O homem então poderia estar ao lado daquele que o trouxe a existência, oferecendo o seu amor e eterna gratidão, tudo isso de livre e espontânea vontade. E para por a prova essa fidelidade, Deus plantou a árvore da ciência do bem e do mal no meio do Jardim do Éden, e deu ao homem ordens específicas, que estão em Gênesis 2:16-17: “E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres certamente morrerás”. Deus sempre agiu de forma justa com o homem. A vida no Éden era perfeita!

Mas, Lúcifer não estava feliz com tudo aquilo, e decidiu tentar o homem no paraíso. Então ele possuiu a serpente, e através dela falou com Eva, e lançou dúvidas sobre a proibição do criador e despertou nela o desejo pelo poder, o de ser semelhante ao Altíssimo, o que resultou na queda da humanidade. O homem foi tentado no Paraíso e desobedeceu, por que quis ser igual a Deus, cometendo os mesmos pecados de Lúcifer: orgulho e rebeldia. Por causa do seu pecado, o homem se condenou diante de Deus. Deus deu ao homem a plena liberdade de escolha, da mesma forma como dera aos anjos, pois ninguém é obrigado a servir a Deus. E o homem fez a pior escolha possível.

Entenda as consequências do pecado. O pecado acabou com o homem e o afastou de Deus. O homem precisava desesperadamente de um Redentor que corrigisse os seus passos, e o livrasse do castigo eterno. Deus leva o pecado muito a sério, e quando a humanidade insiste em pecar, ela atrai o juízo divino. Pois, todo e qualquer pecado é contra Deus, e como Deus é eterno, a condenação também é eterna. Entenda: O pecado contra um ser finito exige uma pena finita. Mas, o pecado contra um ser infinito, exige uma pena infinita. Quão terrível o pecado é! Mas Deus, pelo seu infinito amor, enviou Jesus a este mundo para nos resgatar. Ele veio nos trazer o perdão que nos dá vida eterna com Deus. O tempo da misericórdia é este, no qual Deus chama a humanidade ao total arrependimento.

Quando Deus expulsou o homem do Éden, prometeu-lhe um Redentor. E séculos mais tarde fez uma aliança com o patriarca Abraão dizendo-lhe, que através de sua descendência viria a salvação. Era a confirmação da promessa da redenção. Na aliança Abraâmica, o Senhor fez referência a “todas as famílias da terra”. Isso mostra o interesse divino em “todos os povos, tribos, línguas e nações”.

Quando o homem foi expulso do Jardim do Éden, descobriu-se que estava nu. E prontamente o Senhor sacrificou um animal para cobrir a nudez de Adão e Eva. Veja, um inocente morreu para cobrir a culpa. O autor da carta aos Hebreus 9:22, ensina: “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão”. A morte daquele animal no Éden apontava simbolicamente para o sacrifício futuro que Jesus faria, para a remissão de toda a humanidade.

Na Lei de Deus, concedida a Israel através de Moisés, o perdão obtido através da expiação, era concedido basicamente pelo sacrifício de animais. O animal oferecido tinha que ser perfeito.

Deus estava instruindo a Israel a respeito do peso do pecado, e nunca teve a intensão de criar a indústria do sacrifício. O objetivo do sacrifício era simbólico, pedagógico, pessoal, e profundo. Os israelitas eram pastores de animais, portanto possuíam animais para o sustento familiar. Lembre-se de que, quando a lei foi dada, os israelitas ainda moravam no deserto, onde não há condições naturais para a agricultura. Toda família israelita, por mais pobre que fosse, tinha um pequeno rebanho. A família conhecia cada animal do rebanho desde o seu nascimento. Animais que crescem no quintal costumam ter nomes, devido a esta relação de proximidade. Quando e, por causa do pecado de qualquer indivíduo daquela família, tinham de entregar um animal para o sacrifício, você consegue imaginar o drama naquele lar? Crianças chorando e pais emocionalmente destruídos. Então, qual era o propósito do sacrifício, além de receber o perdão pelo sangue daquele animal? Deus queria que o homem, através da dor, sentisse o peso do pecado. Pois é isso que Deus sente quando o homem peca. A dor e a angústia que o homem sentia, não se equivaliam a tristeza divina. O pecado é uma agressão contra Deus. A dor era pedagógica. Deus trabalha no sofrimento humano. É quando o homem sofre que ele muda, reflete, e busca o perdão. Sem arrependimento, não há perdão.

Quando Jesus entrou no templo, encontrou cambistas vendendo animais para o sacrifício. Isso era uma perversão do sentido do sacrifício pretendido pelo próprio Deus. Jesus muito se irou com isso. O perdão não pode ser relativizado. É preciso sentir a dor do erro praticado, se revoltar contra ele, odiar profundamente a própria atitude, para que assim, conscientemente, tomar a decisão que mudará o comportamento, e romperá com a prática pecaminosa de uma vez por todas. Se o teu pecado não te envergonha, jamais serás transformado. Sendo possível a reparação, o erro deve ser corrigido. O pecado escraviza, domina e manipula o homem, pelo desejo e pela vontade. É uma pena que muitos só conseguem entender isso quando já é tarde demais. Porém enquanto há vida, há esperança de receber o perdão divino. Deus está pronto a perdoar o pecador verdadeiramente arrependido, que humildemente lhe pede perdão, não importando qual tenha sido o seu pecado. Deus quer levantar o homem caído e nova vida dar.

O homem errava e os animais inocentes pagavam a conta. Não bastava o mal que faziam a si mesmo e aos outros, tinham de colocar a vida dos animais em risco. E o homem não se arrependia, não mudava as suas atitudes, se acostumando com o ritual que o transformou em mera formalidade, a ponto de Deus declarar não aguentar mais aqueles sacrifícios. Observe o que Deus disse em Isaías 1:11-14: “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o SENHOR? Já estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais nédios; e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecerdes perante mim, quem requereu isso de vossas mãos, que viésseis pisar os meus átrios? Não tragais mais ofertas debalde; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, e os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade, nem mesmo o ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova, e as vossas solenidades, as aborrece a minha alma; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer”.

Ainda hoje há muitos cristãos que relativizam o pecado, e dizem: Isso não tem nada a ver. E com isso se afundam no pecado mais e mais. Perderam a compreensão da gravidade do pecado. Perderam o temor de Deus! E contra esses, Deus está irado. A ira de Deus criou o inferno. A ira de Deus lançará o pecador lá.

Frequentar a igreja não te faz um filho de Deus! O que te faz um verdadeiro filho de Deus é o arrependimento sincero, o abandono por completo das práticas pecaminosas, ter uma submissão total a Jesus Cristo reconhecendo-o como rei e Senhor da tua vida, e crer em seu sacrifício na cruz, que perdoa e salva o mais vil pecador. Em Provérbios 28:13, está escrito: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”. Eu te pergunto: Você, já reconheceu Jesus Cristo como Senhor da tua vida? É somente por ele que se torna filho de Deus.

Deus olhando do céu, não viu um justo se quer. Assim, destruiu o mundo antigo no dilúvio para recomeçar com a família de Noé, homem que buscava agradar a Deus. Mas, a natureza humana já estava corrompida. Era necessário um grande e perfeito sacrifício, feito de uma vez por todas, de um cordeiro santo, que através de seu sangue pudesse apagar os pecados. Por isso, o Pai nos deu um presente. Enviou o seu filho Jesus a este mundo como o Cordeiro para remover o pecado de toda a humanidade. O sacrifício de Jesus na cruz nos libertou da escravidão do pecado. Permitiu-nos ser uma nova criatura nascida da vontade de Deus. O homem não tirou a vida de Jesus; ele a entregou por nós. Ele morreu a nossa morte, para que vivêssemos a sua vida. Ele chorou para que nós sorríssemos. Ele pagou com o seu sangue a nossa dívida com Deus.

A Bíblia diz que o homem não tem como pagar o resgate da sua alma, ainda que seja muito rico. “Esses perversos confiam nas suas riquezas e se orgulham das suas grandes fortunas. Mas ninguém pode salvar a si mesmo, nem pagar a Deus o preço da sua vida, pois não há dinheiro que pague a vida de alguém. Por mais dinheiro que uma pessoa tenha”. Salmos 49:6-8. Jesus pagou essa dívida em nosso lugar e nos dá de graça a salvação. É pegar ou largar. O que você fará? Hein?

O sangue do Cordeiro de Deus, sacrificado na cruz, perdoa os pecados de todo àquele que reconhece a Jesus como seu Salvador. Não existe mais condenação eterna para os que estão em Cristo. Ele nos justifica pelo seu sangue. Todo o pecado é perdoado em Cristo, com a exceção ao pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo. Que é o ato de creditar ao diabo, o que Deus fez. Todos os demais pecados são lançados no mar do esquecimento, e Deus não se lembra mais. Se Deus não quer se lembrar dos nossos pecados perdoados, por que lembraríamos? Seja liberto da culpa. As práticas do velho homem morreram e foram sepultados. Agora é viver uma vida nova em Cristo!

O desejo de Deus é que a partir do momento que o conheçamos, nunca mais olhemos para trás. Devemos abrir mão do pecado, e de tudo aquilo que Deus odeia, das quais Jesus já nos perdoou. O nosso dever é prosseguir para o alvo que é Cristo, aguardando a sua volta dos céus, quando levará para si os seus fiéis. O escritor aos Hebreus 10:38, declara: “Mas o justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele”. Deus não tem prazer naquele que olha para traz e decide largar tudo o que conquistou para voltar às trevas, seduzido pelos prazeres deste mundo. Em 1 João 2:15, a Bíblia declara: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”. Em 2 Pedro 2:22, o apóstolo compara o cristão limpo que volta para lama, como cão, e porco: “Deste modo, sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito; a porca lavada, ao espojadouro de lama”.

Quando o homem se converte, se torna morada do Deus Altíssimo. Em João 14:23, está escrito: “Jesus respondeu e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”. Quando o homem retrocede, e volta a sua antiga vida de pecados, Deus se retira, e deixa aquela casa vazia e desprotegida. Em Mateus 12:43-45, Jesus informou: “E quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra. Então diz: Voltarei para a minha casa, donde saí. E voltando, acha-a desocupada, varrida e adornada. Então vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele, e entrando, habitam ali; e são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá também a esta geração má”.

Portanto deixar de seguir e obedecer a Jesus e a sua Palavra é cometer o pecado da apostasia. E sobre isso o escritor aos Hebreus declara: “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério”. Hebreus 6:4-6. Há diferença entre os que se desviaram do caminho do Senhor e continuaram afirmando as verdades bíblicas aprendidas, daqueles que deixaram de crer e negaram a fé, rotulando-a como mentira. Esses são os que se apostataram da fé.

Josué vendo o povo se afastando de Deus, os reuniu e disse-lhes: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR”. Josué 24:15. A salvação é individual e cada um é responsável apenas pela a sua escolha. Os pais não podem salvar seus filhos, nem os filhos a seus pais. Cada um responderá por si diante de Deus. Enquanto pequenos, os pais podem levar seus filhos a igreja e ensiná-los o caminho do Senhor. Porem, chegando à fase da plena consciência, cada um tomará a sua própria decisão diante de Deus, e responderá por ela. A maior herança que um pai pode deixar para os seus filhos, não são bens materiais. Mas, a sua fé genuína em Jesus. Somente o Espírito Santo pode convencer o homem do pecado, e não o faz por força e nem por violência. Ele respeita a decisão do homem.

Só existem dois caminhos, um leva ao céu e o outro ao inferno. Jesus é o caminho que leva o homem ao céu e não há salvação fora dele. “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. Livro dos Atos dos Apóstolos 4:12. Deus não leva em conta o tempo da ignorância, mas anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam. O homem não tem por si mesmo como se justificar diante de Deus, pois todos são pecadores. E diante de Deus, todos são indesculpáveis, pois assim diz a Bíblia. Um dia, todos nós, sem exceção, iremos comparecer diante do tribunal de Deus para lhe prestar contas. O que tu dirás quando ele te perguntar: O que fez da vida que te dei? É lá que muitos irão descobrir, já tarde demais, que sempre foram simples propriedade divina, sempre tiveram um dono, e que nunca foram senhores de si mesmo, e que rejeitaram a maior oportunidade das suas vidas, por orgulho e vaidade. E então, dolorosamente, será tarde demais.

Caro amigo, estávamos perdidos e fadados à danação eterna. Mas, por amor, e somente o amor explica isso, Deus enviou o seu filho para nos dar uma segunda chance. Não jogue esta oportunidade fora. O tempo de tomar a decisão, de seguir fielmente a Cristo, sem olhar atrás, é hoje, é agora. Reconheça a Jesus como o teu Senhor e Salvador. Peça a ele que entre em teu coração e faça morada, e ele escreverá o teu nome no livro da vida, o livro dos que irão morar no céu. A salvação oferecida por Deus é gratuita, e só se toma posse pela fé. Então, diga-me, você crer que Jesus é o filho de Deus, que veio a este mundo para ter salvar? Se, sim, faça comigo esta oração: “Querido Deus reconheço que sou pecador, e que não mereço o teu perdão. Mas, entrego a minha vida em tuas mãos, e tomo posse da salvação, pela fé, no sacrifício do teu filho Jesus. Perdoa-me! Purifica-me no sangue de Jesus, e escreva o meu nome no livro da vida. Amém!”

Agora meu irmão e minha irmã, você tem uma aliança eterna com Cristo. Deus é fiel e te ajudará nessa caminhada. Pratique a justiça, a paz, o amor, o perdão, dê o melhor de si a todos a sua volta, se permita ser trabalhado pelo Espírito Santo de Deus. Deixa que ele te guie, te mude, e produza em ti a santidade necessária, sem a qual ninguém verá o Senhor.

Procure na tua cidade uma igreja que ensine a palavra de Deus com fidelidade e simplicidade, que reconheça a Jesus como filho de Deus, e que não comercialize o evangelho. O Espírito de Deus te guiará nesta busca! Ele falará ao teu coração.

Em nossa próxima aula, a de número 3, falaremos do batismo nas águas como um testemunho público de arrependimento.


Este curso de discipulado é gratuito e sem fins lucrativos. Possui um total de 12 aulas, que estão disponíveis para download em nossa página web. bezaleel.com.br.
O pastor Bezaleel Campêlo compilou e escreveu este texto para auxiliar novos crentes.
Então Semeie a Palavra de Deus. Seja um evangelista. Diga: Senhor, eis me aqui. Envia-me a mim.
Que o Espírito Santo desça sobre ti, e fale melhor ao teu coração. A paz do Senhor!

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