Comecemos com a leitura bíblica da carta aos Gálatas 5:16-24, que diz assim: “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas, não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei. E os que são de Cristo, crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências”.
Chegamos à lição onde o Espírito Santo trata do caráter do cristão. Esta é a obra da regeneração que exclusivamente só o Espírito Santo pode fazer. Ao fiel cristão, através dos ensinos preciosos da Bíblia Sagrada, novos princípios e valores são apresentados, através dos quais o caráter será constantemente provado e aperfeiçoado, até o momento em que o pecado não terá capacidade alguma de exercer qualquer influência nos pensamentos, palavras e obras. Assim, diariamente o pecado vai sendo erradicado no fiel cristão!
A Bíblia Sagrada, de Gênesis a Apocalipse, fala da dualidade entre o bem e o mal, entre o justo e o ímpio, entre a luz e as trevas. Não há meio termo, ou se está na luz ou se está em trevas, simples assim. Na leitura que fizemos em Gálatas, o apóstolo Paulo fala da dualidade entre a natureza da carne e do espírito. A carne, que aqui tem sentido de alma, procura agradar a si mesma, atendendo as suas paixões e inclinação para o mal. O espírito humano procura agradar a Deus, e deseja se afastar do pecado. O espírito humano, que aqui tem o sentido de consciência, não gosta do pecado e não deseja viver na prática do pecado. Por isso, o pecador, por pior que seja, tem dentro de si um espírito que clama desesperadamente por Deus, pelo socorro vindo dos céus.
Observe uma coisa interessante: Fomos atraídos a Cristo, e mesmo sem compreendê-lo totalmente, simplesmente nos rendemos a ele, porque, inconscientemente, sabíamos que era o certo a se fazer. Acredite, foi o Espírito Santo que nos falou ao coração e nos levou a Cristo. Sabíamos que era a vontade de Deus e simplesmente atendemos o seu chamado. E aqui estamos em busca de compreensão, com fé, em busca de entendimento. Então, seja bem vindo ao curso de Discipulado Cristão. Você estava morto no pecado, o Espírito Santo te chamou, te trouxe a vida de Cristo, e você o disse sim. Efésios 2:1, fala disso. Jesus te conhece pelo nome e sobrenome, ele foi te resgatar em meio às trevas. Atos 2:47, diz: “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. Sinta-se importante, pois você é sim, muito importante para Deus. Tanto que ele planejou e executou uma missão de resgate em seu favor, sem você conhecê-lo.
Deus odeia o pecado, e não está satisfeito com o pecador que vive na prática do pecado. Ele quer resgatar o pecador da escravidão do pecado. Porém, muitos têm dado as costas para ele, preferindo os prazeres momentâneos deste mundo, e rejeitando a salvação da sua alma, oferecida gratuitamente lá na cruz. Deus tem sido paciente e misericordioso com o homem, esperando todos os dias pelo seu sincero arrependimento, até mesmo na hora da sua morte. Sabemos que depois da morte, não há mais nada que Deus possa fazer pelo homem, e nem o homem por si mesmo. O pecador que morreu sem salvação, irá para uma sala de espera, onde aguardará a sua sentença no juízo final. Sabemos que o homem escravizado pelo pecado, só pensa em satisfazer os seus sentidos e agradar a sua carne. E nesta loucura, se afasta de Deus, indo com os próprios pés para a perdição eterna.
O pecado é um vírus e produz diversos sintomas no homem. Em um, o sintoma é a prática do homicídio, em outro a imoralidade, em outro a inveja e etc. Não é porque o vírus se manifesta mais agressivamente em um, do que no outro, que o menos afetado seja melhor ou menos perigoso que o outro. Todos tem o mesmo vírus e estão terrivelmente contaminados. A Bíblia garante que todos pecaram e destituídos foram da glória de Deus. Não existe pecadinho e nem pecadão. Pecado é pecado. E todos nós responderemos pelos nossos atos diante de Deus, e seremos justamente recompensados. A Bíblia afirma que “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna.” Isso está em Romanos 6:23. Dom é presente, portanto, a salvação é um presente de Deus ao homem. É responsabilidade humana guardar o presente da salvação e isto selará o seu destino eterno. Apocalipse 3:11, diz: “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”.
O cristão é guiado pelo Espírito Santo, e isso se reflete em todos os seus pensamentos e atitudes. E se somos guiados pelo Espírito Santo, o pecado não tem domínio sobre nós. Uma pessoa que não tem o Espírito Santo, é totalmente escrava do pecado. Ela é impulsionada a praticar o pecado, pois não é senhor de si mesma. Entenda: Um fumante é capaz de levantar-se de madrugada só para lhe comprar um cigarro. Um sexólatra é capaz de deixar seu cônjuge na cama para ir em busca do sexo ilícito. Quantas pessoas perderam o emprego, a família, os bens, e até mesmo a liberdade, por não conseguirem controlar seus impulsos carnais? Afinal de contas, ela é totalmente escrava do pecado. O pecado se assenhorou dela. O pecado faz dela o que bem entender, quando e onde quiser. Porém, isso não anula o livre arbítrio do homem, e nem o inocenta diante de Deus, porque a salvação, que é Jesus, está diante dele. Porém, ele escolheu ser escravo do pecado. Alguns pensam buscar a salvação somente no último suspiro da vida, porém a morte pode vir de repente, sem lhe dar tempo para se arrepender. Por isso, o dia mais importante para o homem, é hoje, é agora. Se renda a Cristo agora! Peça que ele te mude de dentro para fora e o pecado não terá mais domínio sobre ti. O cristão está sujeito a pecar, mas não sujeito ao pecado.
A carne quer sempre folgar e se satisfazer, não se importando com os riscos. O pecado aparentemente traz felicidade, mas a realidade é que ele traz dor e sofrimento abundante. A esposa que não suporta mais as traições do marido decide abrir mão do seu casamento. Você consegue imaginar a sua dor? A dor de ter o seu sonho destruído. Quem sabe, a cerimônia do seu casamento tenha sido na igreja diante de muitos convidados, e que agora sentem a sua dor. Consegue sentir seu coração ao imaginar os seus filhos sendo privados do convívio diário com o pai? E os traumas que essas crianças terão crescendo em um lar dividido? Só quem conhece essa realidade, sabe que são feridas muito difíceis de curar e suportar. Quanta dor e sofrimento foram causados por alguns momentos de prazer! Será que o marido não pensou nisso antes de quebrar a aliança? Sim, pensou. Mas, em seu egoísmo, decidiu ir em frente e praticar o pecado. Ele é servo do pecado!
Você consegue medir o grau de destruição que as drogas causam nas famílias e ao próprio indivíduo? Não relativize o sofrimento alheio. Procure conhecê-lo, antes de pedir a liberação das drogas. Tudo isso acontece porque o homem sem Deus, não consegue controlar as suas paixões, os seus desejos, e a sua compulsão pelo pecado. Escravo do pecado é!
O homem tem que se render incondicionalmente a Jesus Cristo, de corpo, alma e coração. E arrependido, pedir que Cristo controle todo o seu ser e guie os seus pensamentos. Somente assim, o homem poderá ser liberto da escravidão do pecado. Deus não deu ao homem licença para pecar. O homem não tem o direito de errar com Deus, com a sua família, com a sociedade, e consigo mesmo. Ele precisa ser controlado pelo Espírito Santo, que regenera a natureza humana de dentro para fora, trabalhando o caráter, os sentimentos e as atitudes. O homem com Deus é luz, e não trevas.
Deus tem o poder para libertar o homem da escravidão do pecado para sempre. O rei Davi ao sentir o peso do seu pecado, orou ao Senhor e pediu: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto”. Salmos 51:10. Esta deve ser a nossa oração diária. Agora falaremos um pouco sobre o fruto do Espírito.
O FRUTO DO ESPÍRITO
Quando o homem entrega a sua vida a Jesus, o Espírito Santo começa habitar em seu coração e a partir de então se começa a produzir o fruto do Espírito, que é a inserção progressiva do caráter de Cristo em nós. O fruto é mais importante que os dons do Espírito. A espiritualidade de alguém não é medida pela manifestação dos dons, mas do fruto. Pode profetizar, ter visões espirituais, operar curas e milagres, mas se o fruto do Espírito não estiver maduro, não passa de um menino na fé. Como qualquer fruto, o fruto do Espírito precisa de tempo para crescer e amadurecer por igual. Não se pode apresentar um lado maduro e outro verde. O fruto começa a brotar na conversão do crente, e todo o cristão tem a capacidade de produzi-lo. A diferença é que na vida de uns, ele cresce e amadurece rápido, e em outros não. Isso depende da liberdade que o homem dá ao Espírito Santo para atuar em sua vida. Não ponha dificuldades ou limites para o Espírito Santo atuar em tua vida. Entregue a ele a chave do teu coração, confie, e ele fará de você um vaso de honra para o serviço e glória do Deus Altíssimo.
Há muitos cristãos problemáticos e sem domínio próprio, porque resistem ao Espírito Santo. Se continuarem assim, não ouvirão o soar da trombeta e morrerão em seus pecados. No inferno há muitos homens e mulheres que um dia serviram ao Senhor, porém resistiram ao Espírito Santo. O pecado é para ser confessado e abandonado. Todo o nosso ser precisa ser santificado e trabalhado pelo Espírito Santo.
Vamos às características do fruto do Espírito:
a) Amor. O amor vem de Deus, ele é implantado na vida do fiel na conversão. Pois quando nascemos de novo, Cristo vem morar em nosso coração e o apóstolo João afirma que, “quem não ama não conhece a Deus” 1 João 4:28. O maior ensinamento de Jesus é o amor. Da mesma forma que o amor de Deus é incondicional para conosco, devemos amar incondicionalmente a todos. Amar é considerar, respeitar, é tratar os outros da mesma forma que gostaríamos de ser tratado. O amor não é um sentimento, é uma decisão, nossa decisão. Não depende em absolutamente nada do que o outro faça ou deixe de fazer. É um compromisso nosso com Deus, de não nos deixar vencer pelo ódio e pela indiferença. A nossa sociedade está carente de amor e compaixão. O amor de Deus é a luz que brilha, aquece e envolve os corações.
Veja o que Paulo escreveu no capítulo 13, em sua primeira carta aos Coríntios (versão NTLH). Diz assim: Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um gôngo ou como o barulho de um sino. Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada. Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada. Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência. O amor é eterno. Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor.
Em 1 João 4:20-21, o apóstolo diz: “Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão.” O amor é fruto de um coração temente a Deus, e se tornará visível através das ações do fiel. Em 1 João 3:18, está escrito: “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” A mudança de atitude vale mais do que mil palavras.
b) Gozo. É o prazer e a satisfação na vida. Não devemos reclamar do que Deus dá, mas por tudo devemos ser gratos. A ingratidão aliada a murmuração, entristece a Deus. Somos advertidos biblicamente a não entristecer o Espírito de Deus que habita em nós. Se tivermos o que comer e o que vestir, estejamos contentes. Segundo o evangelho profano que alguns pregam hoje em dia, se você não tem prosperidade, você está em pecado. Então, o que dizer de Paulo, o maior dos apóstolos, que sobrevivia fabricando tendas? Será que Deus tinha rejeitado o seu servo, o maior missionário depois de Jesus? Veja o que Paulo escreveu aos Filipenses 4:11-13: “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” Veja também o que ele escreveu em Romanos 8:35-39, que diz assim: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia: fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!” Ter Cristo é mais importante do que possuir qualquer coisa nesta terra. Aprenda a estar satisfeito com o que Deus te dar, que seja pouco ou muito, seja agradecido. “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” 1 Tessalonicenses 5:18.
c) Paz. Jesus é o Príncipe da Paz. Quando nos entregamos a Jesus, ele vem morar em nossos corações, trazendo vida e paz. Não é uma paz que o mundo pode oferecer, porque segundo o mundo, paz é ausência de guerra. Com Cristo podemos enfrentar as maiores batalhas da vida, que não perderemos a serenidade. A paz que Cristo dar é um estado de espírito que inunda o nosso ser, nos mostrando que Deus está no controle, que não cai uma folha da árvore sem a permissão de Deus, pois a vitória é do povo de Deus. Jesus está conosco e não há o que temer! Está escrito em Romanos 12:18, assim: “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”. Procure a paz. Ame a paz. Seja da paz. Já diz o ditado: Quando um não quer dois não brigam. No livro de Provérbios 15:1, diz que: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” Veja o que Tiago 3:5-10, diz: “É isto o que acontece com a língua: mesmo pequena, ela se gaba de grandes coisas. Vejam como uma grande floresta pode ser incendiada por uma pequena chama! A língua é um fogo. Ela é um mundo de maldade, ocupa o seu lugar no nosso corpo e espalha o mal em todo o nosso ser. Com o fogo que vem do próprio inferno, ela põe toda a nossa vida em chamas. O ser humano é capaz de dominar todas as criaturas e tem dominado os animais selvagens, os pássaros, os animais que se arrastam pelo chão e os peixes. Mas ninguém ainda foi capaz de dominar a língua. Ela é má, cheia de veneno mortal, e ninguém a pode controlar. Usamos a língua tanto para agradecer ao Senhor e Pai como para amaldiçoar as pessoas, que foram criadas parecidas com Deus. Da mesma boca saem palavras tanto de agradecimento como de maldição. Meus irmãos, isso não deve ser assim.” Para termos paz, precisamos controlar a nossa língua, e com muito amor e sabedoria, falar o que for necessário, quando for necessário. O crente deve ser sábio e prudente no falar! Quem não tem sabedoria, peça a Deus, que ele dá.
d) Longanimidade. É o mesmo que paciência, e a paciência é a capacidade de sofrer ou suportar com calma e sem reclamar. A ansiedade tem destruído a vida de muitos, e isso não vem de Deus. Aprenda a esperar no Senhor, pois no tempo de Deus tudo chegará ao seu devido lugar. Porque para todo propósito há tempo e modo. Em Eclesiastes 3:1-8, o pregador ensina:. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.” Então meu irmão, seja longânimo! Não perca a fé com facilidade diante das dificuldades. Seja resiliente como Jó, que viu a sua vida ruir rapidamente, mas não negou a fé e aguardou pacientemente pelo socorro divino. Algumas pessoas sofrem de ansiedade extrema. O stress e a ansiedade, as doenças dos tempos modernos, tem acabado com a saúde de muitos, que não dão tempo para o desenrolar natural das coisas. Plantam pela manhã, e a tarde querem fazer a colheita. Isso tem prejudicado muitos relacionamentos, pois buscam resultados imediatos na vida do cônjuge e dos filhos. Existem coisas que estão muito além do nosso alcance, coisas que só Deus pode fazer. Ore a Deus, peça ajuda ao Espírito Santo, leia e aprenda com o Salmo 40. “Não por força e nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos”. Livro do profeta Zacarias 4:6.
e) Benignidade. Segundo o dicionário Aurélio, benigno é ser suave, brando, agradável, não perigoso e nem maligno. É muito bom quando temos ao nosso lado, pessoas nas quais podemos confiar, confidenciar segredos, solicitar conselhos e delas recebermos palavras construtivas. Nem todo aquele que nos critica, quer o nosso mal. Precisamos ter maturidade para analisar as críticas e aprendermos com elas. É claro que jamais iremos agradar a todos, mas devemos compreender os diferentes olhares sobre a mesma situação. Há pessoas que se defendem atacando, quando através de argumentos poderiam apresentar melhor a sua proposta. Devemos tratar com benignidade aquele os divergentes, que não conseguem enxergar com os nossos olhos, que não conseguem sentir com o nosso coração. Há aqueles que nos desafiam a subir ou descer para compreendê-los. E há aqueles os quais jamais iremos compreendê-los. Devemos amar as pessoas como elas são sem necessariamente compactuar com as suas obras. Seja uma bênção no teu círculo de amizade, na tua casa, no teu trabalho, para que venhas a ganhar o pecador através do teu testemunho. Deus não nos chamou para a ira e nem para a contenda, mas para espalharmos o amor. Há pessoas que só precisam de carinho e atenção para desbloquear o seu caminho. Então, deixa Deus te usar!
f) Bondade. É viver praticando boas ações, é fazer o bem sem olhar a quem, é olhar sem preconceito de cor, credo ou posição social. É fazer tudo ao teu alcance para evitar ou amenizar o sofrimento dos outros. Isso é anunciar o evangelho através das obras de ação social. É lutar contra toda a forma de opressão, ajudar os fracos e oprimidos, e defender a natureza que Deus criou. A fé sem obras é morta. A Bíblia nos apresenta vários exemplos de bondade. Em Lucas 10:30-35, temos o bom samaritano, que se compadeceu de um estranho e o conduziu a uma estalagem, e ainda custeou todas as suas despesas médicas. Em 2 Samuel 9:3-13, vemos o rei Davi restituindo toda a herança de Mefibosete, neto do seu maior inimigo, um pobre, aleijado e esquecido na cidade de Ló de Bar. Em Gênesis 45, vemos José retribuindo com o bem, todo o mal que os seus irmãos lhe fizeram. O Espírito Santo quer que você tenha um bom coração e que isso se reflita nas suas atitudes para com todos. Pela prática do bem, precisamos vencer o mal que há em nós. Satanás usará os seus servos para tentar nos impedir. Mas, temos que vencer o mal com o bem. É pela prática do bem, que venceremos o mal, e pelo poder do sangue de Jesus que nos purifica de todo o pecado.
g) Fé. É a capacidade de confiar em Deus e na sua Palavra. Esta característica do fruto revela que todos os verdadeiros crentes em Cristo Jesus, possuem a fé dada por Deus. Uma pessoa que não tem fé, não consegue crer no agir de Deus em sua vida, e por consequência não verá o favor divino. A fé nos leva a crer e a obedecer a palavra de Deus. Para se obter a fé, precisa ler, ouvir e meditar na Bíblia Sagrada, pois a fé vem quando lemos e ouvimos a palavra de Deus. Em resumo, sem fé na Palavra de Deus não há bênçãos. Jesus é o autor e consumador da nossa fé. É ele quem nos faz acreditar! É ele quem incute em nós a capacidade em crer, que ele fará algo a qual ninguém mais consegue acreditar. Essa fé não é nossa, é dele, e vem dele. Se você o buscar, o Espírito Santo te fará crer cada vez mais nele, e quanto mais você crer, mais ele irá operar maravilhas. Sei que às vezes falta fé. São nessas horas que temos de orar e pedir a fé ao Senhor. E quando recordamos das suas promessas ao lermos as escrituras, sentimos a fé renascer. Entenda que essa fé não é natural, mas sobrenatural. Pela fé caminhamos até o céu.
h) Mansidão. É a qualidade de ser manso. Jesus certa vez disse: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. Mateus 11:29. O Evangelho não combina com a violência. Quando foram prender Jesus, ele poderia ter pedido ao Pai que lhe enviasse doze legiões de anjos para que o defendesse, mas preferiu usar a linguagem do amor, e se recusou a agir com violência. Está escrito que “os mansos herdarão a terra”. Deus protege os mansos e peleja em seu favor. Jesus repreendeu a Pedro, quando este usou a espada para cortar a orelha de Malco, servo do sumo sacerdote, e lhe alertou dizendo que “todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão”. Isso está em Mateus 26:51. Não confunda mansidão com covardia. Ser manso é ter o controle da ira. E quando for necessário, o manso deve recorrer aos tribunais para lhe fazer valer o direito. Há muitos heróis na Bíblia, homens e mulheres, que foram guerreiros, tais como: Abraão, Moisés, Josué, Davi, Gideão, entre os quais destaco também a Débora e Jael, mulheres que foram à guerra. Portanto a mansidão é a capacidade de manter a serenidade, mesmo em meio ao caos. É a capacidade de agir com firmeza e sabedoria. O judoca quando entra no tatame, espera o momento certo para atacar seu oponente, pois sabe que se for afobado, facilitará as coisas para o seu oponente, podendo vir a perder a luta sem desferir um golpe se quer. Assim o cristão deve manter a serenidade em meio às lutas da vida, sem jamais recuar. Devemos combater o bom combate, porém há lutas que não valem a pena lutar. Às vezes deixar o cão latindo sozinho é o certo a se fazer. Há muitos crentes se desgastando em combates inúteis. É comum o inimigo cansar o adversário antes da luta principal no campo de batalha. Lembrando que “não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Efésios 6:12.
i) Temperança (domínio próprio). Todos nós já ouvimos a frase: “Se não é oito é oitenta”. Esta frase representa bem os dois extremos, pois bem, a vida do cristão deve ser sempre pautada pelo equilíbrio. Em Segunda Timóteo 4, verso 5, Paulo admoesta a seu filho na fé, para que seja “sóbrio” e moderado em tudo. O crente não pode ser pavio curto, e nem devagar quase parando. Mas ter uma vida pautada na oração, na leitura Bíblica, na diplomacia e no bom senso. Veja que as características do fruto do espírito são bem parecidas. Em algumas versões bíblicas, a palavra temperança é substituída por domínio próprio. A falta do domínio próprio evidencia a distância de Deus e o quanto o inimigo ainda tem o controle sobre a vida do indivíduo. Estar na igreja não te torna um cristão. Participar da Ceia do Senhor, pregar, cantar, orar e jejuar, não te torna um cristão. O que te torna um cristão é a submissão total e incondicional a vontade soberana de Deus. Querido irmão, que a tua vida seja para a glória de Deus, e que o nome do Senhor seja engrandecido em tua vida, hoje e sempre. Procure ler a Bíblia desejando desesperadamente conhecer a vontade de Deus para a tua vida e ela te instruirá.
Em nossa próxima aula, a de número 7, falaremos sobre a oração e o jejum.
Este curso de discipulado é gratuito e sem fins lucrativos. Possui um total de 12 aulas, que estão disponíveis para download em nossa página web: bezaleel.com.br.
O pastor Bezaleel Campêlo compilou e escreveu este texto para auxiliar novos crentes.
Então Semeie a Palavra de Deus. Seja um evangelista. Diga: Senhor, eis me aqui. Envia-me a mim.
Que o Espírito Santo desça sobre ti, e fale melhor ao teu coração. A paz do Senhor!
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